Os sonhos têm grande destaque desde a antiguidade. Os vários povos já usavam essa ferramenta de alguma forma, inclusive como poderes premonitórios, mas só em 1900, com a publicação de “Interpretação de Sonhos”, escrito por Sigmund Freud, pai da psicanálise, que esse assunto ganhou um cunho mais científico.
Naquele livro, extremamente polêmico para a época, Freud segue um caminho completamente novo, definindo o conteúdo do sonho como realização dos desejos. Para ele, no enredo há um sentido visível considerado uma fachada, e um sentido latente que é o significado, e é este que realmente importa.
Posteriormente, Carl G. Jung lê a obra de Freud com grande entusiasmo e dá um passo além. Para ele, os sonhos não eram só “uma fachada”, mas sim a própria forma do inconsciente se comunicar, buscando sempre o equilíbrio por compensação. Por esse sistema, uma pessoa que sofre de baixa estima pode sonhar que é alguém muito importante, recebendo dessa forma o recado do inconsciente sobre a necessidade da mudança de atitude e postura, reequilibrando dessa forma o processo.
A história nos mostra casos famosos de pessoas que tiveram grandes inspirações nos sonhos. Entre eles podemos citar o Beatle Paul McCartney, que sonhou com uma melodia e ao acordar foi para o piano e compôs Yestherday, um dos maiores clássicos de todos os tempos. Thomaz Edson também vivenciou algo semelhante: estava desenvolvendo o fonógrafo e finalizou seu projeto quando sonhou com uma manivela. Além dos famosos, existem muitos casos de pessoas no dia-a-dia que estão envolvidas com algum projeto e em determinado momento recebem esses “recados” com soluções para problemas que não sabiam como resolver até aquele momento.
Sobre os sonhos premonitórios Jung diz que o inconsciente tem os seus próprios meios para interpretar a realidade; algo que ainda vai se tornar consciente já existe inconscientemente, sendo assim, de alguma forma os sonhos conseguem registrar essa situação e retransmiti-las.
Para utilizar essa ferramenta a nosso favor é importante anotarmos o que sonhamos, ou seja, ter um caderno de sonhos. Para realizar essa anotação passo algumas dicas de grande utilidade:
- Você pode usar um caderno para anotar durante a noite ou ter um gravador. Eu, particularmente, prefiro e recomendo a segunda opção, pois não preciso nem abrir os olhos, apenas aperto o REC do gravador e gravo os detalhes; depois, pela manhã, ouço a gravação e nesse momento transcrevo o que achar necessário para o caderno;
- Se preferir usar um caderno ele deve ficar aberto na página em que serão feitas as anotações e a caneta deve ficar à mão. Se deixar para abrir o caderno à noite ou precisar procurar a caneta, provavelmente, detalhes importantes cairão no esquecimento;
- Se usar um gravador ele deve estar no ponto da gravação, pelo mesmo motivo acima;
- Quando acordar no meio da noite lembrando de um sonho anote-o imediatamente; se deixar para fazer isso pela manhã muito provavelmente não se lembrará do que sonhou;
- Procure anotar, junto com o relato, algumas circunstâncias do dia anterior ao sonho, pois eles podem interferir no contexto do sonho.
Dando a devida importância aos sonhos, anotando-os e verificando o seu significado, abrimos uma linha direta com o inconsciente, e por essa linha podemos pegar recados importantes para o nosso dia-a-dia e nosso amadurecimento como ser humano, transformado-os, assim, em importante aliado na nossa caminhada.
Paz e Luz
Seja bem vindo.
Autorizo expressamente a utilização dos textos para todos os fins, podendo publicá-los na web ou ceder a terceiros para que publiquem em outros veículos como revistas, periódicos e jornais, sendo entendido como uma divulgação dos trabalhos do autor ao público que frequenta os sites ou se utiliza desses veículos de comunicação, desde que mantidos os devidos créditos respeitando-se assim, os direitos do autor.
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Boa leitura.
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quarta-feira, 30 de junho de 2010
A Alquimia da Vida
Quando se fala sobre alquimistas logo uma série de idéias povoa nossa mente. A imagem de pessoas estudando aquele aglomerado de símbolos, ocultismo e coisas afins, já invade nosso pensamento, e a mais mítica dessas imagens é o famoso ato de transformar chumbo em ouro.
Muitas histórias, mitos e fantasias rondam essa questão, envolvendo até a ganância humana. Mas o que realmente significa transformar chumbo em ouro? Será que é realmente modificar o metal em pedra preciosa? Será?!?
Na verdade todo o segredo e mágica reside em transformar, modificar ou aprimorar alguma coisa. Transformar chumbo em ouro, transformar o rústico em algo valioso, desenvolver algo, seja lá o que for. E a maior transformação que podemos realizar é em nossa vida.
Temos em nosso caminho muitas pedras de chumbo e... o que faremos com elas, qual será nossa ação perante tais pedras? Deixa-las-emos nos importunarem, nos atrapalharem, serem obstáculos espinhosos, intransponíveis ou transforma-las-emos em ouro, tornando nossa vivência fantástica?!
Essa mudança em nosso caminho é feita nas pequenas coisas do dia-a-dia. E como podemos realizar essa transformação?
Um dos segredos reside na maneira como vemos cada um dos acontecimentos à nossa volta, como encaramos cada circunstância que nos rodeia, como interagimos com o nosso cotidiano. Toda situação pode ser vista de infinitas maneiras. Experimente, por exemplo, pegar um pedaço de papel e desenhar um quadrado com um X no meio, dividindo-o em quatro triângulos iguais. Antes de continuar lendo, olhe para esse desenho por alguns instantes. O que você está vendo?
Muitos vão ver o quadrado dividido em triângulos e já lembrarão das aulas de geometria, lembrarão de graus e ângulos e todas aquelas definições que aprendemos na escola. Mas também podemos ver uma série de outras coisas nessa imagem. Observe novamente e encontrará um envelope, ou ainda uma ampulheta, quem sabe, talvez, uma pirâmide vista do alto. As possibilidades são muitas e cabe a cada um decidir o que deseja ver.
Aplicar esse conceito em uma imagem parece simples, mas como aplicá-lo às situações reais da vida? Os acontecimentos à nossa volta funcionam exatamente da mesma maneira: podem ser vistos sob diversas perspectivas, só temos que escolher qual delas.
Vamos dar um exemplo prático: em vez de olharmos um grande empecilho no trânsito, podemos usar esse tempo para imaginar caricaturas das pessoas em volta e dar boas risadas durante o percurso. Algo que num primeiro momento era maçante, estressante e inconveniente, passa a ser divertido.
Viver sob uma outra perspectiva se torna surpreendentemente fácil quando nos atrevemos tentar e aplicando essas “pequenas transformações” em nosso cotidiano, nos tornamos alquimistas de nossa vida, passando a ter uma vivência extraordinária.
Paz e Luz
Muitas histórias, mitos e fantasias rondam essa questão, envolvendo até a ganância humana. Mas o que realmente significa transformar chumbo em ouro? Será que é realmente modificar o metal em pedra preciosa? Será?!?
Na verdade todo o segredo e mágica reside em transformar, modificar ou aprimorar alguma coisa. Transformar chumbo em ouro, transformar o rústico em algo valioso, desenvolver algo, seja lá o que for. E a maior transformação que podemos realizar é em nossa vida.
Temos em nosso caminho muitas pedras de chumbo e... o que faremos com elas, qual será nossa ação perante tais pedras? Deixa-las-emos nos importunarem, nos atrapalharem, serem obstáculos espinhosos, intransponíveis ou transforma-las-emos em ouro, tornando nossa vivência fantástica?!
Essa mudança em nosso caminho é feita nas pequenas coisas do dia-a-dia. E como podemos realizar essa transformação?
Um dos segredos reside na maneira como vemos cada um dos acontecimentos à nossa volta, como encaramos cada circunstância que nos rodeia, como interagimos com o nosso cotidiano. Toda situação pode ser vista de infinitas maneiras. Experimente, por exemplo, pegar um pedaço de papel e desenhar um quadrado com um X no meio, dividindo-o em quatro triângulos iguais. Antes de continuar lendo, olhe para esse desenho por alguns instantes. O que você está vendo?
Muitos vão ver o quadrado dividido em triângulos e já lembrarão das aulas de geometria, lembrarão de graus e ângulos e todas aquelas definições que aprendemos na escola. Mas também podemos ver uma série de outras coisas nessa imagem. Observe novamente e encontrará um envelope, ou ainda uma ampulheta, quem sabe, talvez, uma pirâmide vista do alto. As possibilidades são muitas e cabe a cada um decidir o que deseja ver.
Aplicar esse conceito em uma imagem parece simples, mas como aplicá-lo às situações reais da vida? Os acontecimentos à nossa volta funcionam exatamente da mesma maneira: podem ser vistos sob diversas perspectivas, só temos que escolher qual delas.
Vamos dar um exemplo prático: em vez de olharmos um grande empecilho no trânsito, podemos usar esse tempo para imaginar caricaturas das pessoas em volta e dar boas risadas durante o percurso. Algo que num primeiro momento era maçante, estressante e inconveniente, passa a ser divertido.
Viver sob uma outra perspectiva se torna surpreendentemente fácil quando nos atrevemos tentar e aplicando essas “pequenas transformações” em nosso cotidiano, nos tornamos alquimistas de nossa vida, passando a ter uma vivência extraordinária.
Paz e Luz
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