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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Textos em um novo Blog

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http://coluna.cichini.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

Técnicas das Três Esféras de Luz

Todos nós sabemos da importância de nos mantermos equilibrados em nosso dia a dia e cada um também sabe de suas dificuldades para colocar em prática essa serenidade. Uma das maneiras que temos para facilitar esse objetivo é realizar com freqüência exercícios bioenergéticos.

Existem diversas técnicas para desenvolvermos adequadamente nossos chacras* e esse desenvolvimento nos propicia um maior equilíbrio, repercutindo de maneira positiva em nosso ser como um todo. Através de exercícios simples podemos aprimorar nossa percepção e nos manter mais equilibrados.

Sugiro a seguir uma técnica que se baseia em visualização criativa, caso você tenha dificuldades com visualização dê uma olhada no artigo "Desenvolvendo a Visualização Criativa" que explica como desenvolver essa habilidade.

Antes de começar o exercício é interessante preparar o ambiente, tornando-o agradável e tranqüilo. Para isso podemos nos valer de músicas, incenso, velas, luz baixa entre outras coisas, use o bom senso e seu gosto pessoal para adequar o ambiente. Também é importante nos “darmos” esse momento, não atendendo telefones ou campainhas, reservando esse pequeno espaço de tempo apenas para isso.

Com o ambiente preparado nos sentamos de maneira confortável, mantendo a coluna ereta. Vamos fechar os olhos e procurar uma ligação com o Sagrado e Divino, cada um de nós, de acordo com nossas crenças e referências, busquemos essa ligação com o mais Alto.

Após essa ligação, usando nossa capacidade criativa vamos imaginar que na altura da nossa cabeça existe uma grande esfera de luz dourada, um dourado cintilante, com tonalidades vívidas. Imaginemos que nossa cabeça está dentro dessa esfera que pulsa como se tivesse vida própria, enquanto a imaginamos, nossa mente vai se tornando mais serena e calma, imaginemos que essa esfera de luz está removendo todas as nossas preocupações, todos aqueles pensamentos que não nos fazem bem, promovendo uma grande limpeza.

Mantendo essa visualização por uns três minutos começamos a imaginar a segunda esfera na altura do peito, sem deixar de visualizar a primeira. Uma esfera na cor azul, que também possui uma cor vívida e intensa. Essa esfera abrange todo o nosso peito pulsando com grande vitalidade. Imaginemos as duas esferas de mesmo tamanho, pulsando, cada uma ao seu ritmo e enquanto as visualizamos vamos percebendo toda a repercussão promovida em nosso ser, toda a limpeza e a leveza entre tantas outras sensações que percorrem nosso ser.

Depois de mais 3 minutos, complementamos nossa visualização com a terceira esfera, situada no baixo ventre, com uma cor alaranjada. Mais uma vez a esfera possui tonalidades que nos agraciam com sua beleza.

Durante toda a visualização, devemos manter a respiração tranqüila e equilibrada; ela deve ser mais lenta e profunda possível, sempre respeitando nossos limites.

Após mais três minutos, entramos na última parte do exercício, onde deixamos essas esferas se fundirem conosco; as cores vão se misturando ao nosso ser, não necessariamente na forma humanóide ou apenas nas cores específicas das esferas, vamos nos tornando essa luz de maneira plena. Que cada um de nós seja a luz!

Passados mais três minutos, retomamos pouco a pouco, a ciência do nosso corpo, prestando atenção nas sensações que percorrem nosso ser, vivendo-as intensamente.

Gradativamente, voltamos nossa atenção para o aqui e agora, guardando todo esse bem estar e encerrando o exercício.

Com essa prática simples, de aproximadamente 15 minutos, podemos ter um grande avanço em nosso equilíbrio e bem estar.

* Chacras (do sânscrito: rodas) = Centros de Força. Transformadores de energia sutil do plano espiritual para o físico. Localizados no duplo etérico, interligados por um sistema de nádis (sistema circulatório energético na freqüência do duplo etérico; um verdadeiro para-sistema nervoso interligando chacras e órgãos), e ligados às glândulas endócrinas.

Paz e Luz

Que se cumpram as escrituras

Acabamos de passar pelas festas de final de ano, época em que aqui no ocidente se fala muito em Jesus. A mídia explora incessantemente esse assunto: são filmes, músicas, especiais de final de ano além de todas as mensagens que circulam pela internet.

A maioria esmagadora dessas informações está ligada ao mito de Jesus, aquela imagem religiosa com grande conhecimento e aceite popular que norteia a caminhada de muitas pessoas que se identificam com ele. O que a maioria das pessoas desconhece é que além do fator “mitológico” existe também a questão política.

O termo política aqui está empregado no sentido de arte ou ciência de governar, arte ou ciência de organização, direção e administração de nações, estados ou grupos e não aquela política que estamos cansados de ver no dia-a-dia e que tanto nos revolta.

Para compreendermos melhor essa questão é importante relembrarmos como funcionava a sociedade no tempo de Jesus. Na antiguidade a religião era muito atuante na política e nas questões legais. Era muito comum e até pré-requisito que o líder para ser aceito cumprisse com o que estava nas escrituras, ou seja, com o que foi revelado ao povo pelos profetas que, dentro daquele contexto social, tinham grande importância e eram extremante respeitados. Essa relevância era tão alta que chegava a legitimar ou não, perante o povo, a autenticidade do líder que a eles se apresentava.

No caminho de Jesus são vários os exemplos de situações com que ele se preocupava em seguir esse costume. E para citar apenas um temos o famoso episódio da entrada no Templo montado no burrico. Segundo as escrituras o líder e salvador dos judeus que naquela época estava sendo “massacrado” e há tanto tempo esperava por um líder salvador, deveria entrar no Templo montado num burrico para então ser reconhecido e aclamado pela multidão.

Jesus se preparou para ser o líder aclamado pelo povo, tinha informação sobre as escrituras, sabia como os judeus tratavam essa questão, reunia os pré-requisitos necessários e estava disposto a seguir por esse caminho. Sendo assim ele procurou ir ao encontro da “tradição” e adotou essas questões como sendo parte da sua jornada.

Estou citando o caso de Jesus como exemplo por ele nos ser familiar e estar bem presente em nosso cotidiano. Entretanto, é importante ressaltar que esse tipo de postura não era exclusividade dele, mas era muito comum entre os que tinham o “destino” de conduzir a sociedade.

Basta procurarmos um pouco na história e encontraremos muitos outros casos em que os protagonistas conduziram as coisas dessa forma visando “cumprirem as escrituras” e se legitimarem como grandes líderes.

Sempre vale a pena ressaltar que o mito de Jesus nos ensina muitas coisas e deve ser respeitado. Essa crença é uma grande referência de crescimento e desenvolvimento pessoal que, com certeza, se seguida nos tornará muito melhores como seres humanos.

Paz e Luz

Fênix, a arte do renascimento

Conta a lenda que a Fênix é um pássaro mítico que quando morre entra em autocombustão e após algum tempo renasce das próprias cinzas. Essa fascinante ave teria também o poder de transportar grandes cargas, havendo histórias sobre ela carregar até um elefante. Seu corpo revestido de penas brilhantes, douradas e vermelho-arroxeadas, as cores do sol nascente, e com tamanho aproximado de uma águia ou um pouco maior compunham sua aparência. Alguns escritores gregos dizem que seu ciclo de vida é de 500 anos, mas há quem diga também que esse ciclo gira em torno de 97.200 anos. Ao se aproximar da morte a ave confecciona um ninho perfumado aonde vai se consumir em chamas.

A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses, e em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca tem fim. Na arte cristã, por exemplo, a fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.

Apesar da fênix ser um mito, nós vivemos esse mito muitas e muitas vezes em nosso caminho e essa vivência se traduz em um ciclo que chamamos de ano.

Nossa vivência em fênix não tem 500 ou 97.200 anos, mas sim 12 meses e existem “ritos de passagem” que simbolizam a autocombustão, são conhecidos como festas de final de ano.

Quando entramos nos mês de dezembro nos aproximamos dessa morte simbólica que tem seu renascimento logo após a festa de ano novo. Essas festas acabam nos impondo um momento de reflexão. É justamente neste período que reavaliamos tudo aquilo que fizemos e conquistamos, que pesamos o que ambicionávamos e o que concretizamos.

Realizar essa avaliação causa um misto de sentimentos: alegrias e satisfações pelas conquistas e também tristeza ou decepção por aquilo que almejamos mas que não foi possível materializarmos por qualquer motivo que seja.

No primeiro momento uma melancolia paira sobre nós, uma melancolia que também tem sua função, que é necessária e faz parte da jornada. Ela nos deixa reflexivos, interiorizados, ou seja, ela nos deixa em um estado propício para refletir sobre nossa caminhada, nos colocando em contato direto com todo o caminho que já percorremos.

Entretanto esse sentimento apresenta um antídoto, a festa de virada de ano. É no momento da contagem regressiva, quando todos estão focados num único pensamento, que se manifesta o mito da fênix. A explosão dos fogos nos traz a sua característica de renovação, é o próprio renascer das cinzas. E então, ao mesmo tempo em que nos condenamos com severidade, sentimos que essa condenação fica para trás, pois já começamos o caminhar em um novo ciclo, vislumbramos com os olhos brilhando objetos e desejos, enchemos a mente de planos e o coração de esperança.

Nesse momento vivemos o mito da fênix intensamente, o que ficou no ciclo passado entra em combustão, nosso cansaço se consome nesse fogo e tudo aquilo que queremos deixar para trás se transforma em cinzas, e então nos enchemos de força, de esperança, de planos e de projetos. Nosso coração se renova e produzimos o momento mais belo desse ciclo ressurgindo completamente renovados para trilhar nosso caminho.

Que cada um de nós possa se valer dessa oportunidade oferecida usando o aprendizado das experiências vividas, se preparando para a nova jornada com o entusiasmo de um jovem cheio de sonhos somado à sabedoria de um ancião.

Paz e Luz.

O Caminho do Arco

Todos nós procuramos uma maneira de conduzir a vida, um caminho que sirva como referência para nossa jornada e é mais que evidente a existência de vários caminhos que podem ser seguidos. Nenhum deles é o mais correto; são apenas caminhos diferentes e o que vai definir a qualidade de cada um deles é a nossa postura perante ele.

Um desses caminhos é conhecido como "O Caminho do Arco" que nos oferece uma ótima metáfora para ser usada como referência.

No caminho do arco temos os aliados que são as pessoas que convivem conosco, que estão à nossa volta. O arqueiro compartilha alegria com eles, que se interessam pelo que está sendo realizado mas não necessariamente seguem o mesmo caminho. Podem estar seguindo caminhos diferentes, cheios de entusiasmo, pessoas comuns do dia-a-dia, que cometem erros e acertos, que se expõem e correm riscos, são pessoas simples, mas com essa postura são capazes de transformar o mundo. Sempre busque aliados!

Outro elemento é o arco e ele é a vida. O alvo está longe e a flecha um dia partirá, mas o arco sempre permanecerá. Precisamos saber cuidar dele; se o mantivermos sempre armado, em estado de tensão, ele certamente perderá potência, portanto, é necessário proporcionar ao arco períodos de repouso. Dessa forma ao esticarmos sua corda ele estará com sua força intacta. Ele tem flexibilidade e também tem o seu limite; se nós o esticarmos demais acabaremos por quebrá-lo e se o esticarmos pouco a flecha não terá força e velocidade suficiente para atingir o alvo. Lembre-se também que o arco é uma extensão de nós e não tem consciência, serve tanto para meditar como para matar, então, seja sempre claro em suas intenções.

A flecha representa nosso desejo e este deve ser reto e cristalino, pois uma vez lançada não há como pará-la. Seja onde for que a miremos, ela irá naquela direção e terá suas conseqüências. Estar em contato com a flecha é estar em contato com nosso intento. Ela parece frágil, leve, simples, mas com a nossa força será lançada à distância, levando nossa intenção, que parte em direção ao alvo, livre em seu vôo e seguirá o caminho que lhe foi destinado no momento do tiro.

Muitas vezes é melhor não atirar só porque o arco já está armado e o alvo está à nossa frente, mas temos que tomar o cuidado para não ir ao outro extremo e não atirarmos nunca, pois os tiros errados também trazem seu aprendizado; com a experiência aprendemos a corrigir nossa mira e crescemos no caminho, realizando o que buscamos.

E por falar no que buscamos, esse é nosso objetivo, o alvo a ser atingido. Que independente do tamanho ou da forma, se está à direita ou à esquerda, no alto ou bem perto do chão, foi uma escolha nossa e devemos enfrentá-lo com dignidade; saber respeitá-lo, saber quanto custa atingi-lo, o esforço empenhado, o treinamento e tudo o mais envolvido, e jamais podemos culpá-lo se não o atingirmos.

Ao buscarmos um alvo devemos saber que ele não é a única coisa a interferir em nosso acerto. Temos que estar atentos a tudo que ocorre em volta, os chamados fatores externos, como o vento e a distância que influenciam diretamente em nosso acerto.

Ao realizarmos algo em nossa vida, todos estão a nos observar, aliados e adversários; observam nossos movimentos e não temos como escapar aos julgamentos e, portanto, se estivermos nervosos o melhor a fazer é respirar fundo e nos concentrarmos na nossa atividade.

O nosso caminho é a junção de todas essas coisas e devemos ter respeito com todas elas. O alvo só existe em função do arqueiro que o objetiva, os aliados e inimigos se relacionam diretamente, dando ajuda, apoiando e também apontando nossos erros, nos obrigando a crescer. Devemos interagir com os elementos que formam todo o contexto do nosso caminho aproveitando para aprender as lições que o caminho nos proporciona em todas as suas nuances.

Paz e Luz

Ciência e Espiritualidade

Sempre observo nos grupos espiritualistas a tentativa de justificar a verdade espiritual como científica, chegando a comemorar como uma verdadeira torcida de futebol quando algo é “supostamente” comprovado pela ciência. Essa necessidade chega ao ponto de não observarem se realmente foi comprovado pela ciência ou não, se realmente tem fundamento o que está sendo dito ou não. Basta dizer que "a quântica demonstra" e ninguém checa mais nada, ninguém verifica o que está sendo afirmado, basta ler "a quântica demonstra" que pronto, passa a ser cientifico na visão destas pessoas que defendem isso com unhas e dentes.

Na contramão dessa questão temos os céticos disfarçados de cientistas querendo desmoralizar a espiritualidade de qualquer forma, usando a ciência para justificar esse descredenciamento. Note que nesse caso os céticos se comportam como fundamentalistas, usando a ciência como "um tipo de religião", o que na verdade não caracteriza em nada a ciência.

Ciência é investigação racional ou estudo da natureza, direcionado à descoberta da verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método científico, ou seja, quando estamos falando de ciência falamos de comprovar as coisas dentro de um método, com regras e normas que podem ser reproduzidos a qualquer momento dentro de condições adequadas.

Note também que a ciência evolui, já tivemos a certeza da Terra ser plana e do Sol girar em torno da Terra só para citar algumas coisas que caminharam, e o papel dela é justamente esse, testar o que se diz e tentar comprovar dentro da sua metodologia os fatos.

O que muitas pessoas não sabem é que essa "briga" entre ciência e espiritualidade vem das origens da ciência, como uma maneira de sobreviver. Para entender essa questão é necessário lembrar como era a cultura antigamente e, nesse caso, o importante a ser lembrado é que a religião tinha muita força, ela detinha o poder, ditava as regras e não admitia ser questionada de forma alguma, usando métodos amplamente divulgados que não são foco deste texto.

Nos tempos de igreja forte a ciência se via limitada, não podendo contradizê-la, então ela se valeu de um artifício para criar mais liberdade. O artifício usado foi alegar que os homens da igreja estudavam Deus enquanto a ciência estudava a natureza, que os homens da igreja estudavam o Criador enquanto a ciência estudava a criação. Era alegado que os homens da igreja é que tinham preparo para estudar o Criador e que deveriam se dedicar a isso usando toda a sua sabedoria enquanto a ciência estudaria como a criação se comportava.

Quem se valeu sabiamente desse artifício foi Francis Bacon (Londres, 22 de Janeiro de 1561 - Londres, 9 de abril de 1626), um político, filósofo e ensaísta inglês. Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, se ocupou especialmente com a metodologia científica e com o empirismo. É muitas vezes chamado de fundador da ciência moderna.

Bacon foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes e também um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator.

Com a alegação de que a ciência não estudava a mesma coisa que a igreja, criou-se liberdade para que ela sobrevivesse, desempenhando o seu papel dentro da história da humanidade. Entretanto, se enganam aqueles que acham que a ciência é contra as questões ditas espirituais; na atualidade ela tem se voltado para esse lado e existem diversos estudos na área para entender e explicar dentro da sua metodologia este campo da vida humana, trazendo à tona novos conhecimento que podem mudar os conceitos científicos.

Paz e Luz

Os Símbolos e suas Aplicações

Em todas as culturas temos símbolos representativos sendo usados das mais diversas formas, incluindo proteção, ligação com o Sagrado e Divino, afinidade pessoal com uma determinada linha entre outras coisas.

Mesmo em nossa cultura não é difícil perceber as pessoas usando uma corrente com um Crucifixo, um Om*, uma Cruz de Ansata** ou um Pentagrama, para citar apenas alguns. Também vemos adesivos nos carros com as mais diversas representações simbólicas e os que desejam se "associar" aos símbolos de maneira mais intensa chegam a tatuá-los no próprio corpo.

Os símbolos não resolvem tudo magicamente, mas ajudam. E de que forma eles ajudam?

Para respondermos essa pergunta é necessário abordarmos um outro conceito conhecido como Egrégora.

O termo egrégora vem do grego "egrégoroi" que significa um campo de energia gerado através da conjunção ou somatória de energias acionadas por pensamentos, sentimentos e ações das pessoas.

De modo simples, as energias físicas, emocionais e mentais dos indivíduos se estabelecem através de ondas e freqüências, gerando um campo de energia psíquica que alimenta a egrégora.

Os símbolos vão funcionar como uma chave para acessar essa egrégora, funcionam como uma ponte para esta energia. Desta forma, quando desejamos trabalhar algo, procuramos símbolos cuja egrégora esteja relacionada diretamente ao que desejamos trabalhar. Se desejarmos trabalhar, por exemplo, cura é interessante utilizarmos símbolos relacionados a cura, como os de Reiki.

Algumas linhas acreditam que não adianta simplesmente utilizar o símbolo, que colocá-lo em uma corrente no pescoço ou num chaveiro não vai acionar essa energia. Essas linhas usam os símbolos como amuletos e possuem rituais de consagração envolvendo os quatro elementos (fogo, terra, água e ar) para "ativá-los" e a partir daí ter acesso à energia relacionada a eles.

Volto a frisar que acessar essas energias não resolve tudo como um "passe de mágica", mas com certeza cria "facilidades" para que as coisas sejam resolvidas e a partir dessas facilidades é necessário agirmos, tomando as atitudes necessárias para que as coisas sigam no caminho que desejamos.

* Om - sílaba sagrada que representa o universo em sua totalidade. Não possui tradução literal e seu significado é o Absoluto (Brahman). No pensamento hindu, esse poderoso bij-mantra é a origem de todas as coisas e de todo o ser. Os Vedas descrevem-no como a força natural básica intrínseca a todos os fenômenos da Natureza. É o som do Universo se expandindo e é também o som do pulsar de cada átomo. É a essência dos Vedas e, portanto, o mantra entre os mantras.

** Cruz de Ansata - Um dos mais importantes símbolos da cultura egípcia. A Cruz Ansata, também conhecida como Ank consistia em um hieróglifo representando a regeneração e a vida eterna. A idéia expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da matéria inerte. Existe também a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa sua cabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto do corpo.

Paz e Luz

Seja Próspero!

Todos nós procuramos uma maneira de prosperar na vida, temos sonhos de consumo, desejos, vontades e mais uma série de metas que a própria sociedade acaba impondo, afinal, vivemos em uma comunidade capitalista.
Aqueles que atingem esses objetivos são admirados e usados como referência para a tão desejada prosperidade. Observando essas pessoas, podemos notar que elas têm algumas atitudes e posturas em comum que levam-nas ao sucesso.

Um desses comportamentos é trabalhar em grupo, ou seja, envolver várias pessoas em torno de um mesmo objetivo. Com isso obtêm-se várias mentes procurando soluções, surgem várias idéias e maneiras de resolver uma mesma questão promovendo uma maior criatividade e eficiência nos resultados.

Outro ponto muito importante é saber o que se deseja. É preciso ter uma meta muito bem definida. Muitas pessoas dizem que não querem passar dificuldade, não querem ser pobres, elas têm a noção do não querem, mas não sabem exatamente o que desejam de fato. É necessário um objetivo exato, pois sem ele fica difícil caminhar em sua direção.

Autoconfiança é outro pré-requisito. Confiar nos próprios potenciais, nas próprias condições. Claro que essa autoconfiança vem acompanhada de um preparo adequado e bom senso.

Aprender a lidar com dinheiro e com a economia é fundamental. Hoje, muitas pessoas economizam algum dinheiro, no entanto utilizam-no de maneira errada. Quando há um capital economizado ou um dinheiro extra, o ideal é aplicar em algo que vai render e a partir disso, somente quando os rendimentos estiverem dando retorno, pode-se pensar em investir em carros, casas e outros bens de consumo que trazem conforto e facilitam a vida cotidiana, mas não aumentam a fonte de renda.

Pensar com exatidão, com números é imprescindível para o sucesso de qualquer projeto que nos envolvermos. Saber quanto vai ser investido e quanto teremos de retorno é fundamental para saber se aquilo que estamos nos dedicando é viável ou não.

Outro ponto chave no lido com a economia é que nossos gastos sempre têm que ser menor que nossos ganhos, dessa forma fugimos de armadilhas como juros de cheque especial ou de cartão de crédito.

Uma diferença muito marcante entre uma pessoa de sucesso e as demais é que ela faz, executa, realiza, enquanto as outras assistem. Pessoas prósperas têm iniciativas, colocam em ação as idéias e por conseqüência tornam-se líderes, e, por conseguinte os outros passam a segui-las.

Uma boa dose de criatividade é um dos ingredientes utilizado por pessoas bem sucedidas. Elas não se contentam em repetir o que os outros já realizaram, elas querem inovar, fazer diferente, procurar formas mais interessantes de executar e demonstrar o trabalho, procurando sempre torná-lo mais eficiente e atrativo para os demais. Sempre mostram entusiasmo pelo que estão desenvolvendo, e este contagia quem está em sua volta. Com isso, todos os envolvidos no projeto em andamento sentem-se motivados e felizes por participar do trabalho que está sendo desenvolvido e com isso produzem muito mais.

Em praticamente todos os lugares que abordam esse assunto encontramos orientação para trabalharmos com o que gostamos. Entretanto isso não é tão simples, seja por oportunidade, por realidade social, preparo ou qualquer outro motivo, grande parte das pessoas não trabalham com o que gostam. Então, temos que aprender a gostar do que fazemos, mudando a maneira como vemos o nosso trabalho. Aprendendo a ver o trabalho como algo prazeroso, nos sentimos mais leves e realizamos nossas atividades com maior eficiência produzindo um resultado muito melhor.

Fazer mais que a obrigação é uma outra postura muito comum em pessoas de sucesso. Elas vão além, conduzem as soluções de maneira mais completa e isso às destaca das demais, e se estão trabalhando em uma empresa suas chances de promoção crescem muito.

Muitos de nós nos sentimos desmotivado pelo suposto fracasso, não adianta desistir ao primeiro tombo ou dificuldade. O empresário que fundou a Honda faliu cinco vezes antes de criar essa multinacional que conhecemos hoje. Devemos usar os fracassos e erros para nos aprimorar e melhorar o que estamos produzindo.

Esses são alguns dos pontos em comum que pessoas de sucesso usaram para atingir a prosperidade e se nós os aplicarmos às nossas vidas alcançaremos também nossos objetivos, nos tornando prósperos para desfrutar de nossas vitórias.

Paz e Luz

A Bioenergia dos Trabalhos Feitos

Todos nós conhecemos ou ouvimos alguma história de alguém que foi vítima de “trabalho feito” lançado ou encomendado por um desafeto qualquer. Infelizmente pela nossa condição humana essas coisas ainda ocorrem; também é verdade que vêm diminuindo gradativamente em função da evolução humana, mas ainda ocorrem.

Quando um trabalho dessa natureza é realizado, algumas características energéticas são acionadas e são essas características que vamos focar e não a técnica em si.

Outra coisa importante a frisar é que todo trabalho desse tipo sempre tem a participação de espíritos que se dispõem a realizar essa função. Isso não é feito de graça, eles cobram um "pedágio" para realizar a parte que lhes cabe. A "taxa" mais comum costuma ser uma parte dessa energia para que eles possam fazer o que bem entenderem.

Um fator comum em todos esses trabalhos é o "testemunho". Ele é algo que referencia energeticamente o "alvo" do trabalho, podendo ser um fio de cabelo, um pedaço de unha ou um objeto da pessoa em questão. Quando não se consegue um "testemunho" pode-se fabricar um colocando o nome da pessoa em um papel: este funciona como endereço energético para direcionar a energia até o seu destino.

Um dos trabalhos mais conhecidos é o de costurar a boca do sapo com o "testemunho" dentro dele. Este animal é considerado, por aqueles que realizam esse feitiço, um poderoso captador energético. A grosso modo, o feiticeiro coloca o "testemunho" dentro do sapo e costura a sua boca com o animal ainda vivo e posteriormente o solta. Durante o seu processo de morte é mais que esperado que esse animal entre em agonia, desespero e tenha sensações nada agradáveis. Essas sensações vão interferir na energia que ele já capta por ser uma poderosa "antena psíquica". O "testemunho" aliado ao trabalho realizado pelo feiticeiro e mais os espíritos que manipulam isso direcionam essa energia pesada para aquele que é o alvo.

Um outro trabalho bem popular é o despacho que normalmente é feito à base de energia animal. Pode ser usado um sacrifício animal, terra de cemitério, ossos ou coisas desse gênero, dependendo do tipo de despacho a ser realizado, complementados pela companhia de velas e outros apetrechos específicos. Esses itens contêm forte carga de energia animal e essa energia é direcionada para a vítima.

O boneco de cera é popular nos trabalhos de “vudu”; esse feitiço consiste em montar um boneco de cera, barro ou pano, com o "testemunho", e usar agulhas para espetar nos locais onde estariam órgãos vitais. A intenção desse tipo de trabalho é prejudicar os órgãos em questão e com isso afetar a saúde física do alvo.

Mesmo não sendo dito, o que percebemos é que estes trabalhos são feitos à noite ou em lugares sem luz do sol. O sol tem uma característica muito poderosa que é a de dissolver energias mais densas - por esse motivo é aconselhável colocar nossos colchões e roupas de cama ao sol - por isso que os trabalhos são realizados durante a noite ou em ambientes sem o acesso dele, evitando sua atuação.

Vimos que todos esses trabalhos têm um fundamento e o que pode ocorrer nesse momento é pensarmos: "Estou ferrado!!!" Mas é importante termos ciência de que do mesmo jeito que tem a bioenergia e sintonia atuando de um lado, tem do outro também, ou seja, esse tipo de energia pode até ser direcionada a alguém, mas ela só vai conseguir atuar se o dito alvo estiver na mesma freqüência daquela carga.

Uma analogia bem interessante para exemplificar esse conceito de sintonia é o rádio. Ele está parado em um lugar específico e ao mudarmos o botão da sintonia ele muda a emissora que está pegando, ou seja, todas as ondas das várias emissoras estão no ambiente, mas ele captará a estação de rádio que estiver sintonizada.

Outra coisa importante que devemos notar é que as pessoas que se dispõem a realizar esse tipo de atividade estão exatamente na freqüência desse tipo de trabalho, ou seja, eles acabam sendo os mais vulneráveis e é por isso que geralmente se preocupam tanto em se proteger de alguma forma.

Como notamos, a maneira mais eficiente de nos protegermos desse tipo de energia é, simplesmente, sermos pessoas melhores, sem nos preocuparmos com a questão de saber se fulano ou beltrano é o responsável por aquele tal trabalho. Esse tipo de curiosidade só serve para nos deixar com raiva de alguém que pode ter feito o tal trabalho e assim “abrir a porta” para que essa energia chegue até nós. Então, simplesmente sejamos pessoas melhores e isso já funcionará como grande proteção contra esses trabalhos.

Paz e Luz

Jesus, Mito x História

Com a estréia do filme "O Código Da Vinci" nos cinemas, muito se fala e discute sobre esse tema. São revistas abordando o assunto, rodas de amigos trocando idéias e pontos de vista, listas na internet abordando a questão e assim por diante. Essa discussão é muito interessante, pois faz com que as pessoas pensem a respeito, obrigando-as a olhar para algumas coisas que passavam despercebidas.

É bom que fique claro que o livro é uma história de ficção e por isso comete imprecisões no que tange à história de Jesus; mas ele levanta uma série de dúvidas, no mínimo, interessantes e curiosas.

Olhando pelo lado histórico vemos uma série de contradições no que é contado pela Bíblia. Um exemplo disso é que a cidade de Nazaré é de 70 d.C.. Sendo assim Jesus não podia ser um nazareno; existe a especulação de que ele tenha sido um "nazarita", designação de uma facção política da época.

Outra coisa interessante a se observar é que alguns "fatos" que são atribuídos à vida de Jesus já estavam presentes na história de outros "enviados de Deus". Segundo a Bíblia, Jesus nasceu de uma virgem e era descendente de reis legítimos. Várias profecias indicavam que ele poderia ser o Rei, ele seria a representação do segundo aspecto de Deus dentro da trindade. O rei, que estava no poder, mandou matar todos os primogênitos. Foi criado de forma aparentemente humilde, entretanto dava mostras de sua sabedoria e mais tarde se revelou como presença divina, dizendo ser Ele o Caminho até o Pai. Acaba sendo morto ainda jovem, de maneira trágica, entre outras coisas. Se olharmos para a história de Krishna que viveu aproximadamente em 3000 a.C. na Índia, ela tem exatamente os mesmos elementos. Essa simples "coincidência" já dá muito que pensar.

A grande polêmica nessa questão toda é que muitos querem que o Mito e a História sejam exatamente iguais, não admitindo em hipótese alguma que exista uma diferença entre eles, e isso não vai ocorrer, simplesmente por que uma coisa é o Mito Jesus ou Cristo que foi montado para servir como ícone da Igreja; outra, é o fato histórico relatando alguém que viveu em uma determinada época e contexto. É necessário separar um do outro e a não separação dessa questão gera, por exemplo, a pregação que tem ocorrido nas filas dos cinemas atacando o filme como "algo demoníaco".

O Mito Jesus, que é usado como ícone religioso, tem seu valor e passa grandes ensinamentos e o fato do mito ser diferente da história não invalida tudo que é ensinado e transmitido através dele. A postura de qualquer um que deseje aprender com o Mito de Jesus tem que ser exatamente a de encará-lo como Mito e apenas isso, pois é somente isso que ele é. A partir desse ponto absorver tudo o que ele tem para passar de bom visando o crescimento pessoal utilizando-se desses ensinamentos e conseqüentemente se tornando um ser humano melhor. Essa é a mesma postura a se adotar ao estudar outros mitos como o de Buda, Krishna e tantos outros.

A parte histórica devemos ver com outros olhos, analisando toda a questão mais friamente, sem dogmas ou pré-conceitos. Antigamente essa informação era passada somente por grupos fechados como a Maçonaria, entretanto, hoje temos uma série de pesquisas sérias a esse respeito, algumas inclusive com assinatura da respeitada BBC de Londres.

Para saber mais sobre o Mito leia a Bíblia e se preferir dar uma olhada na parte mais voltada para a história segue uma relação de livros que tratam do assunto:

- A Herança Messiânica
- Rex Deus
- A Chave de Hiram
- O Santo Graal e a Linhagem Sagrada
- Jesus, A Verdade e a Vida
- O Segundo Messias
- A Grande Heresia
- A Conspiração Jesus.

Optando por mito ou história lembre-se que um não invalida o outro. Saiba respeitar a outra vertente e cresça com a duas.

Paz e Luz

Técnica de Limpeza Energética

Vivemos em um mundo onde determinadas situações são impostas independentemente da nossa vontade e temos que lidar com elas. Pode ser um chefe pegando no pé, um funcionário dando trabalho, um colega de empresa criando problemas, filhos se envolvendo em confusões, atritos entre companheiros e companheiras, além de tantas outras coisas.

Esse tipo de situação gera em nós uma carga energética que não nos faz bem, podendo inclusive causar doenças e, infelizmente, estamos sujeitos a recebê-las a qualquer momento do dia ou da noite. Para limpar essa carga as pessoas costumam freqüentar lugares como Centros Espíritas, Templos Budistas, Terreiros de Umbanda, Igrejas Católicas ou qualquer outro lugar que tenha uma ligação com o Sagrado, usando dessa forma, a presença nestes lugares como técnica de limpeza.

Entretanto não é necessário se deslocar até um lugar desses, esperando o dia de uma reunião para proceder com a limpeza energética. É possível realizá-la diariamente, de forma simples e eficiente, e desta maneira se manter sempre bem. Não estou dizendo que ir a esses lugares não seja benéfico e tem lá suas razões de ser, mas não é necessário esperar o dia da reunião para fazer a limpeza necessária.

A técnica que vou sugerir baseia-se em visualização criativa. Caso você tenha dificuldades com visualização criativa dê uma olhada no artigo Desenvolvendo a Visualização Criativa que explica como desenvolver essa habilidade.

A técnica deve ser realizada durante o banho, embaixo do chuveiro e dura apenas alguns minutos.

Usando sua capacidade criativa, imagine-se em uma mata, veja as árvores, ouça os passarinhos, se aqueça com o sol, sinta a brisa suave no seu rosto, visualize as pedras e a vegetação mais baixa, tudo com a maior riqueza de detalhes que conseguir.

Dentro desse cenário você irá imaginar um rio que vem do bosque, passa por uma pequena queda d’água e segue seu curso. Você estará exatamente embaixo da queda, sinta a água do chuveiro caindo em suas costas e imagine que essa água é aquela da pequena cachoeira. Insira-se no contexto.

Você irá imaginar que toda a força da natureza vem pelas águas desse rio. A água lhe traz de presente esse “mimo” da Mãe Natureza. Quando a água bate em suas costas produz uma limpeza e, na seqüência, uma sensação de restabelecimento. Sinta essa repercussão no seu corpo e desfrute disso.

Para conseguir ver o resultado dessa técnica sugiro que primeiro tome um banho sem realizá-la e observe como sairá do banho. No dia seguinte realize a técnica e faça a mesma observação. Com certeza você terá uma grata surpresa. Realizando esse procedimento simples, que não toma muito tempo do nosso dia-a-dia, nos manteremos mais equilibrados para seguir nossa caminhada nesse belo planeta azul.

Paz e Luz

Delírio místico ou espiritualidade

Todas as pessoas que transitam no meio espiritualista acabam tendo suas dúvidas de como separar o que é “viagem na maionese” da espiritualidade levada a sério. Não há regras fixas e certas para definir essa classificação, entretanto, passo agora a vocês algumas dicas que podem dar pistas para encontrarmos o nosso caminho.

No delírio místico temos a onipotência do eu, aquele sentimento de que: "eu posso tudo", "eu faço", "eu realizo tudo sozinho", enquanto na espiritualidade temos a onipotência divina onde o "eu" em conjunto com o divino realizam o que desejo. Não há o eu sozinho, mas o eu em comunhão com o divino.

Ainda caracterizando o delírio místico, a pessoa acaba sendo prolixa, ou seja, dá inúmeras voltas sobre determinado assunto e não fala nada. Você pode até acreditar ser uma pessoa inteligente, mas naquele momento não consegue acompanhar o raciocínio. O que ocorre verdadeiramente é que a pessoa em delírio místico sofre de uma profunda confusão mental. Já na real espiritualidade as coisas são explicadas com clareza, simplicidade e discernimento.

Outro indicador importante é que no delírio místico o pensamento é mágico. Basta você acender uma velinha aqui ou um incenso ali, realizar um ritualzinho qualquer para a "divindade não sei das quantas" ou se direcionar ao sagrado "mestre fulaninho de tal" que todos os seus problemas estão resolvidos, como num passe de mágica. Transfere-se o problema e sua solução para o externo. Na espiritualidade, os problemas e as soluções estão em você, no seu autoconhecimento, no seu auto-desenvolvimento, nas suas atitudes e não no externo.

O fanatismo é outra característica. Quando a pessoa parte para essa faceta não se usa o discernimento para nada, se aceita cegamente tudo o que é passado e defendido com unhas e dentes. Nesse ponto a lógica e coerência simplesmente são deixadas de lado.

No espiritualismo sério temos os pontos fundamentados e explicados, com uma base coerente. Agora, nos delírios, as coisas são explicadas com frases como: "Isto é um desígnio de Deus". Ou você acredita ou não acredita. Esse tipo de afirmação é extremamente simplista e não traz nenhum fundamento ou coerência para o que está sendo afirmado.

A base em superstições costuma ser outro alerta importante. Coisas como: gato preto dá azar, pé de coelho dá sorte, quebrar espelho dá azar, trevo de quatro folhas dá sorte, passar embaixo da escada dá azar e assim por diante, não trazem uma fundamentação clara, são simplesmente crendices populares e vão ter exatamente a importância que cada um de nós der ao fato. Já na espiritualidade, procura-se usar a sabedoria, tentando entender o porquê das coisas, de onde vem cada informação, onde cada coisa se fundamenta para a partir daí tomar suas decisões.

Podemos apontar ainda a adivinhação como um delírio místico e quando falo aqui de adivinhação, digo no sentido pejorativo da palavra, onde qualquer coisa é tida como verdade. Comparo-a com a escolha dos números da mega sena que funciona aleatoriamente; já, no espiritualismo temos a verdadeira intuição, nos conectamos com o Todo e extraimos dessa ligação as informações necessárias para a resolução de um problema, para o autoconhecimento.

Lembre-se de que esse texto é para dar dicas sobre essa situação que se mostra tão complexa e não para ser usado como “check list” definitivo e incontestável. Não quero, aqui, rotular quem é delirante místico ou espiritualista sério. Use da coerência e do discernimento em seu caminho e valha-se de ferramentas como essas que podem facilitar sua caminhada passando alertas importantes.

Paz e Luz

Seja o Golfinho

Buscamos sempre uma forma de entender as relações humanas e a partir desse entendimento melhorar nossa convivência com aqueles que nos cercam no dia-a-dia.

Para dar luz a esse assunto fomos buscar inspiração na natureza e, talvez por ironia do destino, encontremos a inspiração justamente nas águas; afinal, sua simbologia relacionada a sentimentos e emoções é bem popular. Encontramos nesse ambiente três animais bem conhecidos por nós: o tubarão, a carpa e o golfinho, que se encaixaram muito bem nessa questão das relações humanas e deram origem à chamada Estratégia do Golfinho.

Ao pensarmos em um tubarão logo imaginamos um animal voraz, agressivo que mostra suas presas afiadas e parte para cima da sua vítima sem piedade, seguindo apenas o seu instinto. Esse comportamento é bem semelhante ao de executivos ou profissionais altamente competitivos, assim como outras pessoas também.

Continuando essa analogia entre essa imagem do tubarão e o comportamento humano, identificaremos algumas outras características que nos são familiares. Aquele que vive o seu momento tubarão costuma tentar impor sua vontade sobre a dos outros a todo custo, seja por intimidação, exercício de poder, dissimulação e manipulação, agressividade ou qualquer outra forma de imposição. Note que, nesses casos, não se ouve o outro lado da história, não há um diálogo e sim uma imposição de suas vontades e sentimentos perante o outro.

Para conseguir seu intento nessa imposição, o tubarão pode usar mecanismos que vão desde mostrar claramente suas presas até métodos mais sofisticados, onde suas presas ficam escondidas, mas no momento certo ferem com destreza. O indivíduo tubarão acredita piamente que para ele conseguir algo, alguém tem que perder.

Já quando observamos a carpa temos a situação oposta à do tubarão: ela demonstra medo, se escondendo pelos cantos. Ao realizarmos a ligação com os comportamentos humanos teremos pessoas que são inseguras, que não sabem dizer não, são resignadas, conformistas com a vida e chegam ao ponto de encontrar explicações bonitas, como atuação do carma, para justificar seus fracassos. Uma pessoa com comportamento carpa muito acentuado acaba tendo propensão a desenvolver depressão.

É importante ressaltar que o tubarão também se fere assim como a carpa se defende, cada um dentro do seu contexto de comportamento. Outra coisa importante a frisar é que uma pessoa carpa em um relacionamento, pode ser tubarão em outro. Dessa forma todos podem ter seus momentos carpa e tubarão.

No relacionamento de carpa-tubarão podemos imaginar rapidamente que o tubarão vai levar a melhor sempre, mas olhando essas relações com cuidado perceberemos que a carpa pode, mesmo estando “escondida”, se defender e com isso acaba ferindo o tubarão sem que ele descubra de onde veio o ataque.

Nesse momento surge a grande dúvida: Qual caminho seguir? E a natureza sabiamente coloca à nossa frente o golfinho. Esse doce mamífero nos transmite criatividade, elegância, flexibilidade, inteligência, mas se precisar enfrentar um tubarão ele se mostra rápido e eficiente. No mar o tubarão que se atrever enfrentar um golfinho fatalmente morrerá.

Assim como os golfinhos que sabem trilhar o caminho do meio com inteligência, elegância e flexibilidade, podemos pautar nossas vidas nesse sábio exemplo.

Sejamos o golfinho.

Paz e Luz

Os Obstáculos da Projeção Astral

Sempre que alguém se envolve com o estudo da projeção astral de imediato vislumbra um leque de opções extremamente fascinantes. O novo adepto aos estudos projetivos consulta sites na internet, compra livros relativos ao assunto, se inscreve em grupos de discussão e devora tudo o mais que encontrar pelo caminho sobre o assunto; entretanto, ao realizar as práticas que aprendeu durante sua jornada de pesquisa, se depara com algumas dificuldades para concretizar seu intento.

Entre essas dificuldades podemos citar a ansiedade de conseguir uma saída; essa ansiedade acelera os batimentos cardíacos e conseqüentemente aumenta o metabolismo, o que prejudica qualquer relaxamento; ainda contribuindo com o aumento do metabolismo temos a ingestão de alimentos pesados à noite, próximo à hora de dormir, tais como chocolates, nozes, cafeína, guaraná, estimulantes, energéticos calóricos, entre outros.

Outro elemento que pode interferir contribuindo com essa dificuldade é a postura na hora de dormir. Se dormirmos com o rosto enterrado no travesseiro temos a tendência de "apagar" e isso dificulta a rememoração do fenômeno. Uma situação que também prejudica a rememoração é dormir com a cabeça coberta; isso faz com que sua respiração não seja oxigenada adequadamente e conseqüentemente haverá uma interferência na rememoração.

O cérebro acaba sendo outro componente que prejudica a lembrança das experiências projetivas, pois ao regressarmos de uma, ele recebe esses dados, faz uma análise de todas as informações que estão vindo, julga o conteúdo e aí codifica a história de uma maneira que considere coerente. Por esse motivo se aconselha ler sobre o assunto antes de se deitar, ensinando para o cérebro que esse tipo de atividade é normal, minimizando assim essa adaptação do ocorrido.

Um dos maiores inimigos do projetor, senão o maior, é o medo. Você pode estudar o assunto, se dedicar às práticas, seguir todas as dicas e orientações que aprendeu e tudo mais, mas se ficar com medo durante o processo terá sérias dificuldades. Neste caso a primeira coisa a fazer é identificar o que causa o medo. Será medo do desconhecido? Medo de ver algo desagradável? Medo de encontrar um espírito ruim? Seja qual for o medo, é necessário identificá-lo e trabalhar esse aspecto para poder continuar o desenvolvimento nesta arte tão fascinante.

Sempre vale a pena lembrar que essas questões não podem ser generalizadas; quando é dito que um alimento pesado prejudica a projeção, estou falando da média da população e não de todos os casos. É claro que existem aqueles que podem comer uma feijoada, ir deitar e se lembrar integralmente das experiências projetivas, mas o texto procura esclarecer pela média da população.

Aproveite essas experiências para aprender e crescer, ampliando seus horizontes e se tornando um ser humano melhor, pois se não puder se desenvolver com isso é melhor direcionar suas forças para algo que o faça.

Paz e Luz

Projeção Astral e Função Compensação

Projeção astral ou projeção da consciência é a capacidade que todo ser humano tem de projetar sua consciência para fora do corpo físico. Esse fenômeno tem vários nomes, dependendo da corrente de pensamento que o mencione. Podemos citar como exemplos: Viagem Astral (Esoterismo); Projeção Astral (Teosofia); Experiência Fora do Corpo (Parapsicologia); Desprendimento Espiritual ou Emancipação da Alma (Espiritismo); Viagem da Alma (Eckancar); Projeção do Corpo Psíquico ou Emocional (Rosacruz); Projeção da Consciência (Projeciologia); entre outros.

Desde a antigüidade que a "Experiência Fora do Corpo" é um fato envolvendo técnicas nítidas de cunho científico. Porém, devido ao desconhecimento do assunto, grupos geraram fantasias sobre os supostos perigos que envolveriam o processo. Desse desconhecimento advieram reservas e idéias errôneas, ficando o assunto restrito a uma minoria com pseudocontrole e domínio de suas técnicas e conseqüências. Hoje esse assunto está mais acessível e difundido; existem vários livros abordando o tema, diversas palestras esclarecedoras realizadas por pessoas sérias, além de inúmeros sites na Internet tratando o assunto de maneira madura e coerente.

O desenvolvimento desta técnica nos traz uma série de benefícios: desenvolvimento de uma maior consciência; comprovação pessoal da imortalidade; acelerado desenvolvimento pessoal; diminuição do medo da morte; aumento das faculdades psíquicas; busca por respostas; percepções sobre a morte; expansão da Espiritualidade; encontro com seres de luz (sejam eles anjos, amparadores, Eu Superior, mestres pessoais ou qualquer outro nome que deseje utilizar) e obtenção de respostas íntimas, entre outros.

Dentro de todo esse contexto existe uma situação em especial que gostaria de abordar. São casos que as pessoas classificam como projeção astral mas, na verdade, acabam sendo mais um recado do seu inconsciente numa utilização do que chamamos de função compensação.

O que vem a ser exatamente essa tal de "Função Compensação"? Em linhas gerais é uma forma que o inconsciente encontra para compensar ou equilibrar determinada circunstância na vida da pessoa.

Por exemplo: uma pessoa que trata alguém muito mal, tentando rebaixá-lo sempre, pode ter uma “projeção astral” em que o alvo do desprezo é alguém extremamente importante. Dessa forma o inconsciente compensa sua atitude de desprezo mostrando-o como alguém muito importante.

Um outro exemplo de compensação ainda mais importante é quando nos projetamos como alguém muito importante com certa constância - somos sacerdotes, reis, cavaleiros e assim por diante - e temos, na realidade, uma vida medíocre que não nos agrada em nada. Não vamos generalizar dizendo que todo mundo que se projeta como alguém importante tem uma vida medíocre, esse não é um bom caminho, mas o que eu questionaria nesse momento é: você costuma realizar projeções astrais como alguém importante? Caso sua resposta seja afirmativa dê uma olhada na sua vida de hoje e verifique se não está se sentindo medíocre. Isso pode ser seu inconsciente tentando equilibrar sua vida.

É necessário ter discernimento nesse tipo de observação e ter em mente que para sair bem do corpo, com lucidez e autocontrole, é importante viver bem dentro dele. Viva suas experiências, crescendo e aprendendo com cada uma, utilizando-se do discernimento para analisá-las e com isso se torne um ser humano melhor. Esse é o objeto de qualquer caminho sério que você escolha seguir.

Paz e Luz

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Reikiano, somente um Canal?

Este é um assunto que gera grande polêmica entre reikianos, o que não deveria acontecer. Infelizmente não é raro ouvir reikianos dizerem: “Sou só um canal, posso aplicar o Reiki depois de ter bebido ou fumado que não faz diferença alguma.”

O reikiano realmente é um canal ou, em outro enfoque, um médium ou ainda um intermediário da energia que ele transmite, não importa o nome dado. Uma boa conduta, uma sintonia adequada são sempre necessárias, tanto para o Reikiano, como para aquele que aplica Johrei, para o médium que aplica o passe dentro de um centro espírita ou para aquela senhora que benze ali na esquina.

Fazendo uma analogia, podemos dizer que a caixa d’água e os canos são canais que transportam a água até nossa torneira. Agora deixe de lavar a caixa ou deixe os canos enferrujarem e vá verificar a condição da água após algum tempo. Eles são somente o canal mas se estiverem sujos vão contaminar a água; e esta chegará mas não como estava lá no seu início. A mesma coisa acontece com o reikiano: ele passará a energia mas se ele não estiver bem acabará “contaminando” a energia que se propôs passar.

Aquele que se propõe ser um canal do Reiki deve, no mínimo, cuidar muito bem desse canal; isso é uma questão, no mínimo, de ética para com aquilo que se propôs aprender.

Outro indício que não deixa dúvidas em relação a essa conduta são os cinco princípios da vida de um reikiano que lhe “pedem” uma conduta equilibrada. Os cinco princípios do Reiki são:

1- Não se zangue hoje.
2- Não se preocupe.
3- Expresse sua gratidão.
4- Seja aplicado no seu trabalho.
5- Seja gentil com os outros.

Ou também:

Somente por hoje não sentirei raiva.
Somente por hoje não irei me preocupar.
Somente por hoje eu darei graças por todas as minhas bênçãos.
Somente por hoje farei meu trabalho honestamente.
Somente por hoje serei mais gentil com os que me cercam e todos os seres vivos.

Notem que os dois são escritos de forma diferente, entretanto dizem exatamente a mesma coisa. Eles transmitem uma conduta de vida reta e adequada para que o reikiano leve uma vida equilibrada.

Para entender tecnicamente essa questão é necessário abordar a bioenergia que vem nos elucidar sobre a energia cósmica. Ao ser captada e metabolizada pela consciência a energia deixa de ser impessoal e assume as características pessoais da criatura, ou seja, uma pessoa que não estiver bem contamina a energia.

Portanto, tenha sempre em mente que existem várias técnicas de transmissão de energia, mas todas elas são realizadas por um ser humano que precisa ter no mínimo ética e coerência para desenvolver um bom trabalho.

Paz e Luz

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Toque

Leve, sutil e carinhoso
Cheio de ternura e amor
Um simples toque que alimenta a alma

O toque carinhoso da mão que afaga o rosto
O toque cheio de ternura de um rosto encostando no outro
O toque amoroso dos lábios se encontrando e compartilhando sentimentos

O toque de duas mãos se acariciando
O toque de duas pessoas se abraçando
O toque compartilhando o amor entre aqueles que se gostam

O toque durante o sono
Em que os corpos se tocam por inteiro
Na conhecida formação de “conchinha” durante o abraço

São os pés se aquecendo
São as pernas se roçando
São os braços envolvendo

São os corpos se tocando por inteiro
São os sentimentos aguçados e compartilhados
São as sensações percorrendo os dois como se fosse um

Existem toques mais sutis
Mas também toques mais ardentes
Que fazem duas pessoas viverem intensamente

Os toques mais ardentes mexem com todo o corpo
Os toques mais ardentes deixam a respiração ofegante
Os toques mais ardentes fazem com que muitas coisas sejam vivenciadas

Leve, sutil e carinhoso
Cheio de ternura e amor
Um simples toque que alimenta a alma

Ciclos da Natureza

Natureza

Bela e sábia natureza
Seguindo seu curso, seus ciclos, seu tempo

Uma hora um sol forte e intenso
Em outro momento uma grande tempestade

Uma hora dia claro
Em outro momento noite escura

Tudo acontecendo em ciclos
Tudo acontecendo de forma sincronizada

No momento da tempestade a pequena formiga passa aperto
No momento da tempestade ela corre para se proteger

Uma simples poça ou um pequeno pingo d’água
Tornam-se grandes obstáculos no seu caminho

Nesse momento ela não percebe a beleza da água regando o solo
Nesse momento ela não percebe a beleza da água escorrendo pela pétala da rosa

Podemos nos ater as dificuldades que a chuva pode causar
Eu entretanto prefiro ver a beleza da rosa vermelha com suas pétalas umidecidas

Natureza
Bela e sábia natureza
Seguindo seu curso, seus ciclos, seu tempo

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espiritualidade com Discernimento

Cresce cada vez mais o número de pessoas que se declaram espiritualistas sem ter uma religião definida. Por um lado isso é bem positivo, pois as pessoas percebem que podem ser religiosas ou ter espiritualidade sem entregar seu discernimento a um líder religioso com um pacote fechado cheio de dogmas. Entretanto, tenho observado também o aumento de um subgrupo que chamo de "esquisotéricos", uma junção divertida e bem humorada de esquisitos com esotéricos.

Esse subgrupo é composto por pessoas que "engolem" tudo o que lêem e o que lhes dizem, sem o menor discernimento. Fazem a simpatia do amor para amarrar o escolhido aqui, desejam tirar do caminho uma outra pessoa acolá, acendem uma velinha para o grande mestre sagrado não-sei-das-quantas, fazem o ritual do supremo sagrado fulaninho-de-tal e tudo de maneira superficial, por modismo puro, sem entender o que aquilo realmente pode representar e sem vivenciar a rica experiência que isso pode proporcionar.

Ser espiritualista é muito mais que isso; para ser espiritualista é necessário ter o mínimo discernimento, saber separar o que tem de bom do que não presta: o joio do trigo; inclusive, na leitura deste texto deve-se usar o discernimento, com o crivo da razão.

Não existe o floral "resolve tudo", o insenso remove-tudo, o elixir me-faça-feliz-instantaneamente ou ainda fórmulas mágicas que resolvam tudo do dia para a noite.

Qualquer caminhada, seja ela qual for, exige discernimento, dedicação e coerência. Essas ferramentas são válidas e nos auxiliam muito no nosso caminho, entretanto, não substituem nossas ações, nossa coerência e nosso discernimento; também precisamos fazer a nossa parte para que essas ferramentas sejam eficientes.

A espiritualidade deve ser um estado de espírito, deve fazer parte do nosso íntimo, deve estar incorporada ao nosso dia-a-dia e em nossas atitudes com tudo o que nos cerca. A atitude espiritualista não é para ser praticada só nos seus momentos de ligação com o Sagrado e sim em todas as nossas ações do dia-a-dia.

Outra coisa muito importante a se ressaltar é que ser resignado e ter atitude espiritualista não é ser bobo e nem saco de pancada; é necessário ter coerência também neste quesito e saber ser justo com o que ocorre à nossa volta, entendendo que existem horas de aceitar e baixar a cabeça, mas também existem horas de se impor, fazendo-se respeitar, sempre com a flexibilidade necessária, tolerância e sem extremismos.

Tenho um amigo que sempre diz: "Céu e Inferno: cada um carrega o seu dentro do peito", numa alusão clara que nós produzimos nosso Céu ou nosso Inferno de acordo com nossas atitudes e pensamentos. O sagrado e o profano são atitudes e pensamentos que carregamos e realizamos no dia-a-dia e não algo externo e alheio.

Seja qual for o caminho escolhido a seguir, tenha sempre discernimento para: olhar o que serve e o que não serve; o que é bom e o que não é; e não deixe as coisas serem apenas superficiais. Entenda o mecanismo, o porquê, o significado de toda a simbologia, e aí sim, viva a espiritualidade como ela deve ser vivida.

Paz e Luz

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Superando medos e traumas

Quem nunca se sentiu impotente diante de uma situação que foge completamente ao controle ou ficou com algo desagradável guardado a sete chaves em seu íntimo?

Os medos e traumas são dois dos grandes vilões que acompanham nossa caminhada, criando diversos obstáculos no desenvolvimento. Quando falamos de medo neste contexto não falamos do medo sadio e necessário de preservação mas, sim, daquele medo que se torna um incômodo na nossa vida.

Para trabalhar estes pontos que nos causam tanto desconforto existe uma técnica eficaz que, se aplicada corretamente, pode surtir efeitos formidáveis. Esta se baseia na visualização criativa que já foi descrita de uma maneira prática e simples. Para aplicá-la consulte o artigo “Desenvolvendo a Visualização Criativa”.

O primeiro passo para qualquer técnica que desenvolva a visualização é preparar o ambiente em si. Um lugar tranqüilo e confortável onde você não seja importunado durante a prática, são requisitos básicos e importantíssimos. Outra coisa que pode ser utilizada com grandes resultados é uma música suave e agradável.

Com o ambiente preparado, o passo seguinte é obter o relaxamento físico. Posicione-se de maneira confortável, feche os olhos e simplesmente respire calma e tranqüilamente por algum tempo, se desligando do ambiente ao seu redor e voltando toda a sua percepção para o seu corpo, sentindo a repercussão desse respirar em cada uma das partes do organismo. Atingido o estado de relaxamento desejado, passe à fase seguinte que consiste em enfrentar o problema propriamente dito. Imagine-se na situação causadora de tanto medo ou que incomode profundamente. Caso o medo ou o incômodo seja muito grande, utilize a dissociação, ou seja, visualize a situação em terceira pessoa, como se tudo estivesse acontecendo com alguém, facilitando assim essa parte da técnica.

Diante do perigo crie coragem para superar aquela situação, para enfrentá-la de cabeça erguida. Lembre-se que coragem aqui não é a ausência de medo e sim maturidade para lidar com algo adverso. Perigo à frente e coragem estabelecida, chegou a grande hora da tão desejada vitória de sentir o prazer de enfrentar e superar os obstáculos de maneira gloriosa e extremamente gratificante. Saboreie cada detalhe desse triunfo, deguste a satisfação de ter conseguido, se inebrie com a alegria dos que vencem suas barreiras.

Após o êxtase dos que estão com os louros da vitória, chegou a hora da paz reconfortante e apaziguadora; visualize uma paisagem calma e tranqüila, um lago, um belo bosque, os passarinhos cantando, o sol no rosto, a brisa suave e assim por diante; entre em sintonia com a paz e a tranqüilidade do ambiente, seja parte dessa paz e tranqüilidade e finalize a vivência guardando consigo toda essa serenidade.

Realizando essa técnica diariamente de maneira adequada, no prazo aproximado de trinta dias, você terá resultados surpreendentes, suplantando esses obstáculos que tanto impedem o caminhar e crescimento de cada um de nós.

Paz e Luz

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desenvolvendo a visualização Criativa

Uma ferramenta muito utilizada e conhecida por todos aqueles que participam, participaram ou conhecem os grupos de meditação é a famosa Visualização Criativa. Hoje essa técnica é tão importante que existem grupos estudando sua eficiência até no auxílio do tratamento ao câncer.

Participando de grupos de meditação há alguns anos, fica muito evidente a dificuldade enfrentada por algumas pessoas que se dispõem a realizar essas técnicas; em geral elas têm grande dificuldade em visualizar as imagens solicitadas pela voz que está conduzindo o trabalho. O que muitos desconhecem é que existe uma técnica bastante simples para desenvolver e aprimorar essa capacidade que todos nós temos.

O primeiro passo é olhar e reter uma imagem. O processo consiste em olhar para um objeto tentando reter o máximo de detalhes pelo período de um minuto, em seguida fechar os olhos e visualizar o objeto com todos os seus detalhes também pelo período de um minuto. Esse processo deve se repetir em ciclos até que se consiga visualizar o objeto em todas as suas nuances.

Passando dessa etapa, o segundo passo é lembrar e reter uma imagem, ou seja, você vai se lembrar de um fato anterior, de cada um dos detalhes que o envolveram. Procure se concentrar nos pormenores do cenário em volta, nas pessoas que estavam ao redor, na expressão facial delas e em toda riqueza de detalhes que conseguir.

No terceiro passo já passa a existir o elemento de criação, o exercício da criatividade que existe dentro de cada um de nós. Vamos usar essa criatividade e inventar uma imagem, colocar nela todos os detalhes possíveis, fixar o cenário, as cores, os objetos e ficar apreciando cada um desses detalhes dentro da imagem como um todo.

Na quarta etapa estaremos incluindo o elemento sensação, vamos imaginar o corpo em bom funcionamento e sentir o que isso nos traz. Imaginemos, por exemplo, uma grande sensação de bem estar e na seqüência vamos sentir o que isso nos proporciona, observemos como nosso corpo reage a essas imaginações, como fica nossa respiração, entre outras coisas. Aqui já estaremos começando a experimentar o que a visualização criativa pode fazer por nós, como nosso corpo responde a esses estímulos.

No último passo da técnica trabalharemos com objetivos e os transformaremos em símbolos; estaremos utilizando o que se conhece como tela mental. Vamos nos imaginar, por exemplo, com saúde ou prosperidade. Que imagem teria a saúde ou a prosperidade para cada um de nós? Note que nesse ponto a imagem é muito subjetiva, vai depender muito da vivência de cada um e de seus valores íntimos. Para um a prosperidade pode significar a realização de diversas viagens, para outro pode ser a aquisição de bens materiais e assim por diante. O importante é que a imagem represente o que se deseja para quem está utilizando a técnica.

Tendo passado pelos cincos passos com sucesso, a visualização criativa deixou de ser aquele terror, aquele bicho de sete cabeças que tanto incomodava, transformando-se em um aliado poderosíssimo da nossa caminhada. Podemos usar esse aliado no auxílio à cura de doenças, no trabalho da auto-estima, na busca de tranqüilidade, de aumento de concentração, na superação de vícios - entre muitas outras coisas - nos tornando assim pessoas melhores, mais realizadas e conseqüentemente mais felizes.

Paz e Luz

sábado, 3 de julho de 2010

Chacra Sexual ou Esplênico? Qual o Principal?

Toda pessoa que se lançou sobre os temas bioenergéticos esbarrou, de imediato, no estudo dos chacras*. Uma das primeiras coisas que vemos a respeito do assunto é que existem sete chacras principais e é justamente nesse ponto que surge uma divergência.

Em alguns lugares veremos que os sete chacras principais são o Coronário, Frontal, Laríngeo, Cardíaco, Umbilical, Sexual e Básico** e em outros lugares, ao invés do Sexual teremos o Esplênico.

No Ocidente, quem divulgou mais a questão do chacra do baço ou esplênico foi Charles Webster Leadbeater***. Entretanto, ele tinha vários problemas em relação à sexualidade que podem ter tido origem no fato dele ter sido reverendo. Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do chacra sexual (dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa) e colocou em seu lugar o chacra esplênico.

A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o chacra do baixo ventre não é meramente um chacra de ativação da energia sexual, mas também um centro gerador de vida, pois é por sua ação (conjugada com o chacra básico) que o feto é energizado e desenvolve-se e é também o controlador das vias urinárias. Os Orientais não receberam essa mesma repressão sexual proveniente do Cristianismo; desta forma não hesitaram em classificar o chacra sexual como um dos centros de força principais e estudá-lo adequadamente.

É natural que nesse momento o leitor esteja questionando porque o chacra principal é o Sexual, como dizem os orientais e não o Esplênico como dizia Leadbeater e a resposta para essa questão é bem simples. Cada um dos chacras principais está ligado a uma glândula de controle.

O chacra Coronário está ligado à Pineal, o Frontal à Hipófise, o Laríngeo à Tireóide, o Cardíaco ao Timo, o Umbilical ao Pâncreas, o Sexual aos Testículos (homem) ou Ovários (mulher) e o Básico, às glândulas Supra-renais, enquanto o chacra Esplênico está ligado ao Baço, que não é uma glândula.

Não foi à toa que Leadbeater escolheu o chacra Esplênico para substituir o Sexual. Ele tem uma função importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, sendo um repositor energético que ajuda o chacra Cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue e é através dele que penetra uma parte da energia do ambiente. Bem desenvolvido, favorece a soltura do duplo etérico e, conseqüentemente, o desenvolvimento da mediunidade, bem como a soltura do psicossoma em relação às projeções da consciência.

Nos estudos mais atuais sobre chacras já encontramos os dois sendo classificados e estudados, visando desenvolver um estudo mais completo.

Existem diversas técnicas para desenvolvermos adequadamente nossos chacras e esse desenvolvimento nos propicia um maior equilíbrio energético, repercutindo de maneira positiva em nosso ser como um todo.

* Chacras (do sânscrito: rodas) = Centros de Força. Transformadores de energia sutil do plano espiritual para o físico. Localizados no duplo etérico, interligados por um sistema de nádis (sistema circulatório energético na freqüência do duplo etérico; um verdadeiro para-sistema nervoso interligando chacras e órgãos), e ligados às glândulas endócrinas.

** Esses nomes variam de acordo com a cultura e a linha que está sendo estudada.

*** Leadbeater foi discípulo de Blavatsky, colega de Annie Wood Besant e seu colaborador direto na condução da Sociedade Teosófica nas primeiras três décadas desse nosso século. Ele era um clarividente respeitável e muito competente. Por conta do que via nos planos extrafísicos, escreveu dezenas de livros ("A Clarividência"; "O Que Há Além da Morte"; "O Lado Oculto das Coisas"; "Os Chacras" e outros).

Paz e Luz

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Nossa relação com Deus

É interessante ver nossas relações com o Sagrado e o Divino onde Deus se torna o que queremos que Ele seja, de acordo com nossas crenças, cultura regional ou do momento.

Numa primeira referência, lá nos tempos do Velho Testamento, temos um Deus mau e vingativo. Basta que façamos algo errado e lá vem o Carrasco Divino para nos punir, um deslize e a Ira Divina se instala sobre nossas cabeças. Ande fora da linha e arcará com as conseqüências de contrariar o que Deus determinou como correto.

Nessa fase realizamos os mais diversos sacrifícios, tanto animal como humano, para agradá-Lo ou acalmá-Lo, sempre preocupados com o que "Ele" vai pensar de nós e, também, preocupados com a eterna Vigilância Divina que impera sobre nós.

Desta forma, vamos imaginar a seguinte cena: Deus criando coisas pouco importantes, algo como um Buraco Negro aqui, um Multiverso ali e outras coisas pequenas e irrelevantes. Nesse momento, um pequeno ser no planetinha Terra, que gira em torno daquele Solzinho, lá num braço da Via Láctea resolve fazer algo que O desagrade. Nesse momento Ele pára tudo e vira sua Fúria Divina contra esse habitante do planeta azul.

Passado algum tempo, nossa crença foi se modificando e aí Deus passou a ser um "Cara Legal". Basta pedir perdão sinceramente, se arrepender de coração e não importa o que tenhamos feito, Ele é um cara bom e vai nos perdoar independente de nossa atitude.

Esse tipo de postura torna as coisas muito fáceis, nós tomamos determinadas atitudes, mesmo sabendo que está errado e depois nos arrependemos e pedimos perdão para O Cara Bom e fica tudo certo, afinal, perdoar é divino. Então, podemos ter inveja aqui, trapacear acolá, prejudicar um outro que nos incomoda e assim por diante, (isso só para citar as questões mais simples do comportamento humano).

Notem que nas duas situações projetamos em Deus adjetivos humanos, tais como mau, vingativo, bom e assim por diante.

Tem uma outra visão de Deus que considero mais coerente e mais adequada, e que não necessariamente seja a mais correta, mas na minha visão atual é o que mais se enquadra.

Existe "algo" que interage com tudo, que permeia tudo, que "mantêm" a harmonia de tudo. Esse algo não tem uma personalidade ou qualquer adjetivo que possamos colocar. Procuramos descrevê-lo em palavras, pois essa é a forma de tentar transmitir o que imaginamos que Ele seja, mas nada que dissermos pode realmente descrevê-lo e por falta de um nome melhor vou chamá-lo simplesmente de Deus.

Esse Deus "criou" as regras do Universo em que vivemos e não ficará nos punindo ou nos beneficiando pelas nossas atitudes, as regras estão aí e tudo será conseqüência das nossas ações, não porque nossas atitudes foram boas ou más, mas simplesmente por conseqüência natural. Algo como: Se dei um passo à frente, por simples conseqüência estarei um passo distante de antes.

Com isso paramos de culpar tudo pelas nossas dificuldades e trazemos a questão para dentro de nós. Se tivermos um problema ele deve ser resolvido internamente e é isso que nos fará crescer realmente como seres humanos.

O fato de trabalharmos nossas dificuldades, medos, ansiedades, expectativas e tudo mais internamente faz com que encaremos o que precisa ser resolvido sem culpar esse ou aquele, obrigando-nos a admitir nossas falhas.

É claro que podemos obter ajuda externa para encarar e resolver nossas dificuldades, mas esta apenas AJUDA e não resolve nossos problemas por nós. A única forma de nos resolvermos e crescermos é trabalhar as nossas questões de dentro para fora, promovendo mudanças internas e aí sim refletindo no externo, por simples conseqüência e não por sermos bonzinhos e legais.

Paz e Luz

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sonhos, uma linha direta com o inconsciente

Os sonhos têm grande destaque desde a antiguidade. Os vários povos já usavam essa ferramenta de alguma forma, inclusive como poderes premonitórios, mas só em 1900, com a publicação de “Interpretação de Sonhos”, escrito por Sigmund Freud, pai da psicanálise, que esse assunto ganhou um cunho mais científico.

Naquele livro, extremamente polêmico para a época, Freud segue um caminho completamente novo, definindo o conteúdo do sonho como realização dos desejos. Para ele, no enredo há um sentido visível considerado uma fachada, e um sentido latente que é o significado, e é este que realmente importa.

Posteriormente, Carl G. Jung lê a obra de Freud com grande entusiasmo e dá um passo além. Para ele, os sonhos não eram só “uma fachada”, mas sim a própria forma do inconsciente se comunicar, buscando sempre o equilíbrio por compensação. Por esse sistema, uma pessoa que sofre de baixa estima pode sonhar que é alguém muito importante, recebendo dessa forma o recado do inconsciente sobre a necessidade da mudança de atitude e postura, reequilibrando dessa forma o processo.

A história nos mostra casos famosos de pessoas que tiveram grandes inspirações nos sonhos. Entre eles podemos citar o Beatle Paul McCartney, que sonhou com uma melodia e ao acordar foi para o piano e compôs Yestherday, um dos maiores clássicos de todos os tempos. Thomaz Edson também vivenciou algo semelhante: estava desenvolvendo o fonógrafo e finalizou seu projeto quando sonhou com uma manivela. Além dos famosos, existem muitos casos de pessoas no dia-a-dia que estão envolvidas com algum projeto e em determinado momento recebem esses “recados” com soluções para problemas que não sabiam como resolver até aquele momento.

Sobre os sonhos premonitórios Jung diz que o inconsciente tem os seus próprios meios para interpretar a realidade; algo que ainda vai se tornar consciente já existe inconscientemente, sendo assim, de alguma forma os sonhos conseguem registrar essa situação e retransmiti-las.

Para utilizar essa ferramenta a nosso favor é importante anotarmos o que sonhamos, ou seja, ter um caderno de sonhos. Para realizar essa anotação passo algumas dicas de grande utilidade:

- Você pode usar um caderno para anotar durante a noite ou ter um gravador. Eu, particularmente, prefiro e recomendo a segunda opção, pois não preciso nem abrir os olhos, apenas aperto o REC do gravador e gravo os detalhes; depois, pela manhã, ouço a gravação e nesse momento transcrevo o que achar necessário para o caderno;

- Se preferir usar um caderno ele deve ficar aberto na página em que serão feitas as anotações e a caneta deve ficar à mão. Se deixar para abrir o caderno à noite ou precisar procurar a caneta, provavelmente, detalhes importantes cairão no esquecimento;

- Se usar um gravador ele deve estar no ponto da gravação, pelo mesmo motivo acima;

- Quando acordar no meio da noite lembrando de um sonho anote-o imediatamente; se deixar para fazer isso pela manhã muito provavelmente não se lembrará do que sonhou;

- Procure anotar, junto com o relato, algumas circunstâncias do dia anterior ao sonho, pois eles podem interferir no contexto do sonho.

Dando a devida importância aos sonhos, anotando-os e verificando o seu significado, abrimos uma linha direta com o inconsciente, e por essa linha podemos pegar recados importantes para o nosso dia-a-dia e nosso amadurecimento como ser humano, transformado-os, assim, em importante aliado na nossa caminhada.

Paz e Luz

A Alquimia da Vida

Quando se fala sobre alquimistas logo uma série de idéias povoa nossa mente. A imagem de pessoas estudando aquele aglomerado de símbolos, ocultismo e coisas afins, já invade nosso pensamento, e a mais mítica dessas imagens é o famoso ato de transformar chumbo em ouro.

Muitas histórias, mitos e fantasias rondam essa questão, envolvendo até a ganância humana. Mas o que realmente significa transformar chumbo em ouro? Será que é realmente modificar o metal em pedra preciosa? Será?!?

Na verdade todo o segredo e mágica reside em transformar, modificar ou aprimorar alguma coisa. Transformar chumbo em ouro, transformar o rústico em algo valioso, desenvolver algo, seja lá o que for. E a maior transformação que podemos realizar é em nossa vida.

Temos em nosso caminho muitas pedras de chumbo e... o que faremos com elas, qual será nossa ação perante tais pedras? Deixa-las-emos nos importunarem, nos atrapalharem, serem obstáculos espinhosos, intransponíveis ou transforma-las-emos em ouro, tornando nossa vivência fantástica?!

Essa mudança em nosso caminho é feita nas pequenas coisas do dia-a-dia. E como podemos realizar essa transformação?

Um dos segredos reside na maneira como vemos cada um dos acontecimentos à nossa volta, como encaramos cada circunstância que nos rodeia, como interagimos com o nosso cotidiano. Toda situação pode ser vista de infinitas maneiras. Experimente, por exemplo, pegar um pedaço de papel e desenhar um quadrado com um X no meio, dividindo-o em quatro triângulos iguais. Antes de continuar lendo, olhe para esse desenho por alguns instantes. O que você está vendo?

Muitos vão ver o quadrado dividido em triângulos e já lembrarão das aulas de geometria, lembrarão de graus e ângulos e todas aquelas definições que aprendemos na escola. Mas também podemos ver uma série de outras coisas nessa imagem. Observe novamente e encontrará um envelope, ou ainda uma ampulheta, quem sabe, talvez, uma pirâmide vista do alto. As possibilidades são muitas e cabe a cada um decidir o que deseja ver.

Aplicar esse conceito em uma imagem parece simples, mas como aplicá-lo às situações reais da vida? Os acontecimentos à nossa volta funcionam exatamente da mesma maneira: podem ser vistos sob diversas perspectivas, só temos que escolher qual delas.

Vamos dar um exemplo prático: em vez de olharmos um grande empecilho no trânsito, podemos usar esse tempo para imaginar caricaturas das pessoas em volta e dar boas risadas durante o percurso. Algo que num primeiro momento era maçante, estressante e inconveniente, passa a ser divertido.

Viver sob uma outra perspectiva se torna surpreendentemente fácil quando nos atrevemos tentar e aplicando essas “pequenas transformações” em nosso cotidiano, nos tornamos alquimistas de nossa vida, passando a ter uma vivência extraordinária.

Paz e Luz